A História tem sido pródiga para Salir. Como qualquer Aldeia, Vila ou Cidade, também Salir teve a sua origem, e sabe-se que foi há muitos, muitos anos.
Os historiadores, são unânimes em considerar que esta Vila foi em tempos habitada pelos Celtas, mas que mais tarde foram os Árabes que lhe deram maior importância, tendo no período de ocupação Almóada, no século XII, nela construído um castelo de que hoje apenas é dado ver breves ruínas e que se julga ter sido incendiado e reconstruído por duas vezes.
Salir foi também o local onde D. Paio Peres Correia, aguardou a chegada de D. Afonso III, para juntos, empreenderem a conquista do que ainda na província estava em poder dos mouros.
A partir dai, Salir foi sempre um ponto de referência e um local de eleição no suporte necessário à conquista do Algarve.
A belíssima arquitetura tradicional com as açoteias, as chaminés e as cantarias, os vestígios arqueológicos, as noras, as azenhas, os moinhos de vento e de água, a literatura oral, os costumes, o tipicismo, são "ingredientes" que fazem de Salir uma vila de extraordinária beleza. Nos arredores, verdadeiros tesouros naturais, como o Sítio Classificado da Rocha da Pena, são pretexto para estadias repousantes.
Salir tem uma população estimada em cerca de 3.500 habitantes e é uma freguesia de base agrícola, ao mesmo tempo que ostenta um inestimável património histórico, natural e paisagístico. Produz amêndoas, alfarrobas, medronho, figos, azeitonas e cortiça. No que se refere ao regadio, ocupa também um lugar de relevo uma vez que parte da freguesia se situa no prolongamento dos chamados "Barros Velhos" de Silves, excelentes para a horto fruticultura.
Salir oferece enormes potencialidades turísticas em diversas vertentes, como o Agroturismo, o Turismo de Habitação e o Turismo de Caça. O sítio do Malhão, o Serro dos Negros, o Serro do Alganduro, a Rocha da Pena, a Nave do Barão, o Castelo de Salir, a Cabaça, o Carrasqueiro, o Barranco do Velho, o Morgado de Salir, a Rota das Noras e Azenhas, entre outros, constituem excelentes zonas de aptidão turística.
A Festa da Espiga, celebrada na Quinta-Feira de Ascensão (40 dias após a Pascoa - em Maio) é o acontecimento mais relevante ao nível das manifestações tradicionais da Freguesia de Salir, uma vez que encerra aspetos verdadeiramente ancestrais que estão relacionados com as raízes culturais das suas gentes. O desfile etnográfico, único no País, funciona como atrativo turístico a par de uma mostra/feira do mais genuíno artesanato.