Potencial Económico

Mais do que agora, Salir, já foi um local fervilhante de vida, de gente e de riqueza, devido à sua intensa atividade económica. Mas ainda hoje, a freguesia de Salir é rainha em determinados campos da nossa economia. A cortiça que pelas encostas da nossa serra nasce, cresce e é extraída, é sem dúvida a melhor do mundo. E é na serra também que o medronheiro dá o seu fruto, o medronho, que com tradição é destilado e o resultado é um líquido de sabor ímpar, a aguardente de medronho. O doce figo, que casado com a amêndoa, proporcionam um sabor único e delicioso são outros dos frutos que brotam na nossa terra. Sendo a cortiça, o medronho, a alfarroba, a amêndoa, o figo, a noz e a azeitona, aqueles frutos que com maior abundância existem na nossa região, outros há que merecem ser mencionados. Não nos podemos esquecer da laranja, e outros citrinos, das nêsperas, dos diospiros, das ameixas, das uvas, das peras e dos peros entre outros frutos, que felizmente existem em abundância nos nossos quintais e hortas, fazendo de Salir uma terra de fartura.



Cortiça

Se quisermos encontrar um motivo para chamar a Salir, “capital”, não podemos deixar de dizer que é a da cortiça. Efetivamente a capital da cortiça pode e deve ser Salir, centro de uma região onde sem dúvida a melhor cortiça do mundo nasce, cresce e é extraída para, entre outras coisas tapar um produto que, tomado com moderação faz sorrir gente triste e animar qualquer cidadão. O vinho, que também produzimos, e bom, mantém todas as suas qualidades devido a esta matéria-prima que sai das mãos pretas das gentes da nossa terra. Este valoroso produto, já não pode ser visto como algo que brota naturalmente do solo e hoje podemos ver bom trabalho de reflorestação de sobreiro pelas encostas da nossa serra.

 

 


Alfarroba

Situada entre o Barrocal e a Serra, a freguesia de Salir, abraça no seu interior grandes extensões de alfarrobeiras, que constituem outra das suas riquezas.
Efetivamente, criadas com todo o carinho que um agricultor pode dedicar, as alfarrobeiras predominam no barrocal, mas também as há na serra.
É um fruto muito interessante, com inúmeras aplicações o que garante de alguma forma a sua rentabilidade e pouca oscilação nos preços. Assistimos hoje a um renovar e reestruturar das plantações numa desejada adaptação aos modernos métodos de exploração.

 

 


Medronho

O medronho é certamente, a seguir à cortiça e à alfarroba o produtomais emblemático da nossa freguesia.Com tradições ancestrais, a destilação deste produto com um sabor impar, tem levado muito longe a imagem da região. Hoje em dia, também o fabrico da aguardente de medronho tem sido abalado por vicissitudes de carácter fiscal e económico mas sobretudo, aquele “mal” que tudo tem afetado, que é o abandono das terras e o êxododa gente jovem para o litoral, têm sido determinante na redução da produção e fazem temer o seu desaparecimento. A determinação e o empenho das gentes da nossa terra, aliados à vontade de bem-fazer, são sempre uma esperança que nos recusamos a perder.

 

 


Amêndoa

Já foi, sem dúvida, um dos maiores emblemas da economia da freguesia, mas, apesar do fôlego perdido, continuará sempre a ser um motivo de vaidade. Quem não admira os belíssimos campos branco e rosa plenos de cheiro e cor dessas árvores de nome amendoeiras? Ninguém poderá dizer que fica indiferente a tamanha beleza... É no entanto com tristeza, pelos motivos relacionados com a viabilidade económica, que assistimos a um abandono quase total das explorações. Quem sabe, porque as condições geológicas e climatéricas são as ideais, se um dia a amêndoa, não virá novamente a ser um grande potencial?

 

 


FIGO

O doce e guloso figo, aquele que temos ainda com alguma abundância, sofre do mesmo mal que a amêndoa, até porque com ela casando, melhora o seu desempenho na boca dos portugueses. É verdade, o seu sabor é delicioso, tanto em fresco como em torrado, este fruto já é bom por si só, mas quando o juntamos à nossa amêndoa, faz-nos deliciar de tanto prazer. Somos uma região onde as figueiras se sentem bem e produzem ainda melhor. As explorações têm sido abandonadas devido aos preços muito baixos que se praticam, mostrando que é necessário tomar medidas urgentes que possam inverter esta realidade.

 

 


turismo

Quando Deus nos abençoou e nos deu “Salir” por nome próprio, também nos deu terra, água abundante, gente boa e bonita, lindas paisagens que ao longo dos anos fomos ampliando com outros complementos de beleza, cheiro e sabores. E Deus certamente disse: Atenção “Salir”, dou-vos tudo isto, que deveis administrar, mas... Se um dia um destes segmentos se revelar mais frágil um outro o compensará. Está bem... E, porque nos dias que correm a terra, está menos cultivada, a água é menos usada, temos a beleza das nossas paisagens, o cheiro dos nossos rosmaninhos, alecrins e alfazemas e o incrível odor das nossas comidas, para partilhar com quem sabe apreciar o encanto único da serra do caldeirão. Convidamo-lo a conhecer Salir e disfrutar de uma terra de costumes e tradições. 

 

 


Caça

Sem dúvida um dos grandes recursos da nossa serra é a caça. E, os caçadores são um dos melhores exemplos de dinamismo, organização e associativismo, vindo de forma direta, fria e objetiva contrariar aquela ideia de que os portugueses estão de costas voltadas e não sabem unir esforços. Na nossa freguesia fomos pioneiros no associativismo cinegético e temos hoje, talvez, o maior número de associações de caçadores do Algarve. Conforme se pode verificar na parte dedicada às associações, existem hoje pelo menos nove zonas de caça associativa que permitiram afirmar a freguesia, como um potencial cinegético, onde dá “Gozo” caçar, sabendo aqueles que amam verdadeiramente a arte de caçar, que a quantidade não é sinónimo de qualidade.